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fico suspenso na expectativa

de um pensamento que rasgue o tempo

e me traduza o sonho das árvores



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

AUSÊNCIA DE MARGENS


inspiro amanheceres impolutos
marcados
pelo silêncio de caminhos vazios

há uma ausência de margens
e um desencontro de veredas quebradas
nesses trilhos
que se propagam em luz imemorial.

intencionalmente
fecho-me ao tempo
e às memórias da luz.



João Carlos Esteves
in "Ausência de Margens"
(Edita-Me Editora, 2015)

(Imagem de José Luís Outono)

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